segunda-feira, 2 de junho de 2008

Uffa..


Revendo a foto, foi quando eu senti que tua ausência ainda é ferida e o tempo pouco pode remediar. Aquela respiração profunda e doída embaçou o vidro transparente da minha felicidade. E a saudade paciente, espera o momento certo para me tocar, para me levar algumas lágrimas e deixar aquele ar preso dentro dos pulmões. Eu rasguei cartas e bilhetes que você havia me deixado. Apaguei e-mails e me desvencilhei de todo e qualquer objeto que me remetia ao passado. Deixei de freqüentar alguns lugares e pedir os mesmos pratos. Eu abandonava um “eu” com e para você. Aquele eu, que durante muito tempo me foi divindade, felicidade e segurança. (Quis tanto poder voltar atrás em alguns momentos, depois me controlei. Fiz-me silêncio). Mas nessa noite tranqüila, em que encontro uma velha foto, só vem nossa vida à tona... Aquela vida que já deixou de existir de fato, mas ficou tatuada aqui dentro... E eu deixo derramar um pranto, que por mais que o tempo passa não anula... Olhando a foto, reencontro com a saudade infinita.

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