quinta-feira, 16 de outubro de 2008

:.olhando com a alma.:


Estava pronta para cortar o galho, aparentemente morto da planta quando eu vi, preservado, lá num lugarzinho dele, um cacho pequenino de folhas muito verdes, muito novas, meninas.
Incrível como a aparente morte de algumas coisas pode atrapalhar a nossa percepção do nascimento de outras.

Um comentário:

Camila disse...

uma amiga muito querida, uma vez me disse uma coisa linda que ficou anotada na minha memória: “Às vezes, a gente precisa se livrar um pouco da gente, isso sim é liberdade fina, das boas”. Precisamos nos livrar porque costumamos viver muito apegados à nossa auto-imagem, a tal Síndrome de Gabriela: “(...) Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim (...)”. Sofremos, nos metemos nas encrencas emocionais mais desastrosas, repetimos equívocos, ficamos apertados nos mesmos cômodos sem ventilação, mas o padrão antigo continua lá firme e forte, permeando nossas ações, ditando regras que já nem nos servem mais, projetando o mesmo filme entediante. Por orgulho, também por medo, não ousamos um passo fora desse lugar, enquanto a vida aguarda a chance de nos mostrar o quanto é vasta e rica de possibilidades além dele.